Você se considera uma pessoa de valor? Íntegra? Boa? Comprometida? Você se considera de fato uma pessoa que valha a pena? Ora, se eu sei quem eu sou, porque então aceito ser tratada exatamente de maneira oposta ao que acredito? Por que será que me coloco em posições que que me rebaixam, me humilham ou me machucam? Por que será que eu deixo faltarem com respeito comigo? Eu sei que a princípio você pode dizer: “Ah Fernanda, mas eu gosto dele. Gosto muito! Não consigo simplesmente sair disso. Afinal, já dediquei tanto tempo de minha vida para que isso desse certo, que agora começar tudo de novo ou ficar sozinha parece assustador...” Eu sei que é. Mas será que você já não está sozinha hoje nesse relacionamento? Será que hoje você já não está se sentindo triste, vazia e magoada o suficiente? Lembra lá atrás? Lembra de quando foi a primeira vez em que sentiu que algo não estava certo? Esse foi o primeiro momento que você já deveria ter se defendido. Quando não fazemos algo por nós, a tendência é que a exploração, a extorsão e a sugação continuem não só ocorrendo, mas ficando cada vez pior. Afinal, por onde passa um boi, passa também uma boiada! E não adianta! Ninguém vai mudar o comportamento com você, incluindo “ele”, se você não assumir sua posição de Mulher dentro de você! Ninguém vai assumi-la, valoriza-la, considera-la ou respeita-la se você não se colocar muito bem encaixada aí dentro. Claro que as coisas “deveriam ser diferentes”. Claro que as pessoas deveriam respeitar umas às outras, que os homens não deveriam de forma alguma usufruir das mulheres e depois descarta-las, claro que…Mas na prática sabemos que não funciona assim! Ninguém vai mudar o comportamento enquanto VOCÊ continuar permitindo. Conheço mulheres que vivem pisando em ovos. O medo de falar, como falar, o que falar e a forma de falar, tomam conta. Existe um pavor silencioso de que “se eu disser X então ele vai embora”. Então elas se submetem, se calam, aceitam, passam por cima, tudo para “manterem” pequenas migalhas advindas de uma criatura que aparece quando quer, dá o que bem entende e se sente no direito em não fornecer explicações, sequer perspectivas. Os anos passam.... E posicionamentos que deveriam ter sido colocados lá atrás, hoje parecem inoportunos, inócuos. Afinal, você aceitou a situação do jeito que era... falar algo agora parecerá patético, você pensa. Se ele bate, trai, aproveita, humilha, vira a cara, termina, vai embora, tem ataque histérico...e você aceita até hoje, ele entende que a mulher que está diante dele não tem força de convicção. E advinha? Vai continuar fazendo, até que você assim como D. Pedro dê o Grito de Independência! Afinal, se um homem dá show é porque tem plateia! Se lembra daquele modelo de relacionamento que você sempre teve em mente? Se recorda daquele homem que você sempre imaginou como sendo o ideal? Agora compare esses dois modelos aos que você tem hoje em sua vida afetiva. Percebe o quão longe ambos estão? Por que aceita então? Tudo começa numa síndrome de insuficiência. “Eu não sou bonita o suficiente, inteligente o suficiente, rica o suficiente, bem-sucedida o suficiente, interessante o suficiente…”. E então o que você faz em seguida? Coloca-o num pedestal. Do pedestal a pular em suas costas, basta um pulo. Está na hora de você se libertar dessa situação que faz de sua vida um verdadeiro inferno. Você não tem que ser infeliz, não tem que viver se curvando, nem tampouco ajoelhada por ninguém. Você não é passarinho para viver de migalhinha! Temos coisas que sabemos que precisamos fazer e que dependem somente de nós mesmos. O seu futuro afetivo está em suas mãos. É você quem escolhe como vai ser. Então escolha!
Palestra em audio
audio